Ainda não lhe vi um trabalho de jornalismo digno de boa nota.Provávelmente,desatenção minha ou televisão a menos. Entrevistas,muitas.Não gostei,não gosto.Na de hoje,a José Sócrates,mais uma vez, foi um desastre.
A senhora tem opiniões e faz afirmações que toma por verdadeiras e acertadas.E muitas vezes,nem uma coisa,nem outra.O que é grave num jornalista.Em vez de informar,desinforma.
A entrevistar, a senhora faz perguntas,mas interrompe sistemáticamente as respostas.Parece pretender que o entrevistado não responda,sobretudo quando este se encaminha para uma resposta que a ela não lhe agrada ou não é aquela que ela esperava(para depois os comentadores crónicos poderem dizer que ele não respondeu).
A técnica é encavalitar perguntas sobre as respostas,para tentar atrapalhar o entrevistado ou ocultar o que este diz.
A senhora, muito mais subtil e refinada que a Moura Guedes,parece pertencer à mesma escola.E na televisão,para mal de todos nós,não são casos únicos,bem pelo contrário.
Sem a pavonice de quem parece julgar-se o supra sumo das entrevistadoras,Ana Lourenço e Clara de Sousa da SIC,são um bom exemplo de bem entrevistar: serenas,objectivas,incisivas.
Sabem e deixam ouvir o que o entrevistado tem para dizer.O entrevistado é o protagonista. Elas ficam na penumbra (não obstante,a sua presença bonita e elegante não ser fácilmente relegável para segundo plano).
Judite de Sousa,hoje,foi remetida a olhar-se ao espelho,por José Sócrates.Se viu o que nós vimos,deve ter ficado surpreendida com a sua imagem: uma cara retorcida pela raiva,á beira do choro.
Como diria o Carlos Pinto : acontece .
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