No texto anterior,Dia de Portugal,propus-me criar neste blogue uma galeria de" Lusíadas que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando "
especialmente dos ainda vivos,mas não só.
Tinha em mente colocar o José Saramago no primeiro lugar.
Durante oito dias não escrevi.A morte,sem aviso prévio,traiu-me,levou a vida do meu maior lusíada vivo.Mas não levará a melhor.SARAMAGO não será esquecido por muitos e longos anos,no mínimo, durante todo o tempo que durarem todos os que tiveram o prazer e o privilégio de o poder ler,em Portugal e no resto do mundo.
Neste tempo,que é o nosso,em que as marcas imperam e tudo é produto vendável e de preferência exportável,SARAMAGO é a marca, por excelência,do melhor que temos para oferecer:a nossa língua,a nossa cultura.Se estas sobreviverem,sobreviveremos.
Camões,Fernando Pessoa e José Saramago foram,são e serão marcos indestrutíveis deste povo.
A feira de vaidades que vai por aí,dura o tempo dum fogacho ou dum foguete de lágrimas.
As obras valerosas demoram tempo a ser reconhecidas e quase sempre são hipócritamente ignoradas e até hostilizadas, pelos poderes instituidos.Saramago também provou desse fel.
Saramago morreu, mas sobreviverá e nós com ele.
Outros estão na forja.
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Há 5 dias
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