Recebi hoje o nº 338 de 31 de Dezembro de 2008 do jornal (mensário) A Voz de Alcobaça. Começou, esta lll série,há 28 anos,o que não parecendo muito tempo,
comparada a sua longevidade com a de outros,em Alcobaça não tem sido pequena façanha.Na altura ,com o ambiente político reinante,de cortar á faca,entre apoiantes e adversários declarados,prognosticava-se que esta série não iria além de três meses a um ano.
E de facto,não foi fácil ultrapassar essa barreira.Sem o trabalho -de pouco mais de uma dezena de amigos- árduo,prolongado noite dentro durante vários dias depois de vir da topografia e antes de ser disdribuido,não teria sido possível perdurar. Durante um ano ou mais, no antigo edíficio,-hoje completamente remodelado no seu interior,onde está instalado o Armazém das Artes - equipas de voluntários alinhavam as folhas do jornal,metiam -nas por ordem umas dentro das outras,dobravam -no em quatro partes,faziam os endereços,colavam-nos ,atavam os jornais dobrados em molhos de vinte ou trinta ,levavam-os para o correio e distribuiam aos assinantes locais ! Foi obra!
Ultrapassada essa fase artesanal e militante,melhores dias vieram sem no entanto,alguma vez se ter atingido o desafogo financeiro. Hoje e desde há uns anos, A Voz de ALcobaça atravessa dificuldades,aliás comuns a quase toda a imprensa escrita,seja regional ou nacional.
Só a dedicação verdadeiramente extraordinária do seu Director-Dr.Basílio Martins e de alguns poucos,mas bons colaboradores,tem permitido a sua continuação.
A reestruturação societária em primeiro lugar,a profissionalização do trabalho burocrático e parte do jornalístico,a periodicidade passar de mensal a semanal,são passos indispensáveis á sua sobrevivência,ao que julgo saber, num futuro porventura próximo.
A Alcobaça democrática e da cultura não pode dar-se ao luxo de deixar perder este jornal !
+ União (83): Um acórdão digno de nota
Há 1 semana
2 comentários:
O regresso das Crónicas de S. Matos poderia e deveria fazer parte dessa restruturação, não acha?
José Alberto
Vários amigos e leitores do Voz de Alcobaça (inclusivé o director,e mais que o director,o amigo Basílio) me têm desafiado a voltar ás Crónicas de S.Matos.
Com toda a sinceridade,não creio que tenham sido tão boas quanto as pintam.
O problema é que quando se escreve para um mensário não chega a criar-se rotina e eu necessito dela e de trabalhar sob alguma pressão.
Imterrompido esse ciclo,recomeçar é sempre mais difícil.Não estou a dizer "jamais" mas...o tempo ditará o seu decreto.
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