"O melro, eu conheci-o:
Era negro, vibrante, luzidio,
Madrugador, jovial;
Logo de manhã cedo
Começava a soltar d'entre o arvoredo
Verdadeiras risadas de cristal.
E assim que o padre cura abria a porta
Que dá para o passal,
Repicando umas finas ironias,
O melro d'entre a horta
Dizia-lhe: «Bons dias!»
E o velho padre cura
Não gostava d'aquellas cortezias."
Excerto do poema O Melro incluído na obra A Velhice do Padre Eterno de Guerra Junqueiro, disponível para leitura no sítio do Projecto Gutenberg. Esta obra foi revista por 33 voluntários do Projecto Distributed Proofreaders.
sábado, 17 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Caro Felisberto.
Antes de mais obrigado pela sua passagem no Desambientado.
Quanto ao poemeto, é da minha autoria e por enquanto não está publicado em lugar nenhum, excepto no meu blog. Se o quiser utilizar, não há inconveniente.
Quanto às fotos, essas não são da minha autoria, são de vários autores, a maioria dos quais estrangeiros, onde não é feita qualquer menção à sua utilização na internet. Parti do princípio que não haveria inconveniente em usá-las.
Gostei do seu blog.
Cumprimentos
Félix Rodrigues
Félix Rodrigues:
Obrigado pela sua disponibilidade e pelo seu comentário.Visitá-lo-ei mais vezes e,para já,recomendei-o aos nossos leitores-ouvintes.
Os meus cumprimentos
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