segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Canto primordial

Neste galho os melros não cantam em coro.

Cada um afina ou desafina quando,enquanto, como e sobre o que lhe aprouver. Cada um, melhor que o outro, não abdica da responsabilidade própria inerente á sua condição de melro livre.

A nossa vocação é universalista mas,tendo o nosso pouso em Portugal e dentro deste particular,a maior parte de nós nidificado em Alcobaça, não estranhem os casuais e por certo pouco numerososouvintes que, a estes remotos e ancestrais lugares e demais melros instalados, dediquemos algumas árias.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Os melros-quem são

O melro-preto (do latim merulu, com síncope do "u" e metátese do "r") é a designação comum da espécie Turdus merula de aves passeriformes pertencentes à subfamília Turdinae.

Os melros apresentam forte dimorfismo sexual, sendo o macho completamente preto, excepto o bico e um anel em volta dos olhos, de cor amarela-alaranjada. A fêmea e os juvenis têm dorso preto, ventre pardo-escuro malhado de pardo-claro, e a garganta e a parte superior do peito pardas com malhas esbranquiçadas.

O seu comprimento varia entre os 24 e os 27 cm. As asas têm um comprimento compreendido entre os 117 e os 118 mm. Normalmente pesa entre 75 e 120 g.

Embora possa ser encontrado em diversos ambientes e climas, este pássaro é facilmente encontrado na Península Ibérica. Com um carácter comunicativo e citadino, habita em jardins ou sebes na cidade e em bosques ou charnecas no campo, alimentando-se de insectos, vermes, sementes e bagas, mas nunca desprezando pequenas migalhas ou restos de comida de outros animais.

O macho canta melodiosamente, empoleirando-se em pontos altos. Canta particularmente ao amanhecer e ao anoitecer.