terça-feira, 23 de novembro de 2010

24 Novembro - Greve Geral


Estou com esta greve.
Gostaria de ver uma greve geral na União Europeia.
À união dos banqueiros,especuladores,extorcionistas ,governos e afins, opôr a união do
mundo do trabalho.

sábado, 20 de novembro de 2010

Táctica errada


Que em Portugal as forças progressistas lutem contra a existência da Nato e que pelo menos deixemos de pertencer a esta organização militarista,não oferece dúvidas.
Dissolver a Nato é um objectivo muito ambicioso,no actual contexto político europeu e mundial.São 27 países envolvidos,sendo um deles hegemónico,os EUA,que é ainda a maior potência mundial.Provavelmente,será uma luta para muitos anos e gerações.
A luta contra a Nato ,ao longo dos anos da sua existência ,tem pecado em Portugal e por toda a Europa por inconsistente,desgarrada,mais ou menos folclórica,desinformada, sem adesão de massas,logo,inconsequente.
Em cada país os que lutam contra a existência da Nato,devem definir objectivos intermédios que,inevitavelmente,serão diferentes entre si.
Em Portugal não faz grande sentido lutar contra a Nato e não lutarmos em primeira linha,em primeira etapa,pela extinção das nossas forças armadas.Este sim,um objectivo que depende exclusivamente da vontade do povo português,perfeitamente alcançável a médio prazo.
Para isso é absolutamente indispensável que as forças políticas progressistas, partidos e movimentos cívicos,percam o medo,digo bem, medo,de falar e discutir esta questão com o povo,abertamente,em todas as oportunidades e instâncias,nomeadamente na Assembleia da República e nas campanhas eleitorais.
Vão ter brevemente ,por altura da revisão constitucional,a possibilidade de propor a extinção das forças armadas e dar início a essa luta,duma forma séria,que não se fique por meia dúzia de linhas envergonhadas,nos programas dos partidos e que nunca vêm à liça nas campanhas eleitorais.Por que não propõem um referendo?
Seria muito bom,por educativo e elucidativo,estudar e divulgar amplamente,o exemplo dum pequeno país, a Costa Rica.Desde 1949,a sua Constituição proibiu a existência de forças armadas.A partir daí, tem sido um oásis de paz,numa das zonas mais violentas e conturbadas do mundo. Acham pouco?














quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cimeira da Nato em Lisboa

A Nato nasceu para travar a hipótese de expansão de revoluções socialistas na europa ocidental e eventual apoio militar da União Soviética.Esta reagiu criando com os países de leste sob a sua influência,uma organização militar idêntica,o Pacto de Varsóvia. Foi a corrida às armas ,dum lado e doutro.O mundo foi dividido em duas áreas de influência,os conflitos armados multiplicaram-se por todo o mundo,as carnificinas sucederam-se.Os povos passaram a ser meros joguetes,do jogo táctico e estratégico destes dois actores. O equilíbrio imperou à custa do terror nuclear,ainda hoje bem presente,não obstante ter amenizado,em virtude de alguns tratados de redução do arsenal nuclear.
Com o fim da União soviética e Pacto de Varsóvia seria de esperar a dissolução da Nato.
Pelo contrário,com Busch,a Nato atribuiu-se uma missão mais ofensiva e num espaço muito mais alargado.Por isso estamos envolvidos em várias guerras sem sentido e perdidas,nomeadamente no Afeganistão e Iraque.Portugal deu uma ajuda no alargamento do raio de acção e tem envolvido militares nessas guerras.
Portugal tem o complexo da pequenez ,o que o leva a armar-se em forte.Tinha que estar com os grandes e mostrar-lhes que somos bons ou melhor que eles a jogar à pancada.Tudo e sempre em nome da paz,é claro.Os políticos que nos (des)governam morrem de saudades dos tempos em que fomos por esse mundo fora com baionetas e canhões massacrar povos indefesos e mais modernamente,das guerras coloniais.Além de que ,é necessário manter ocupados centenas de generais e oficiais superiores,fartos de jogar o king,sueca ou dominó e aturar as mulheres em casa,ano após ano.Militar gosta de missões no estrangeiro para coleccionar medalhas,compôr a conta bancária e,
por que não,pôr à prova a sua virilidade com carne fresca.
É que Portugal já não é invadido militarmente há precisamente duzentos anos (desde as invasões napoleónicas) e as colónias já lá vão há 37.
A menos que o João Jardim (o tal da Madeira) num acesso de raiva anticolonialista e anticubana se resolva invadir o "continente" (nós),não se vislumbram no horizonte próximo ou longínquo quaisquer outros potenciais agressores deste rectângulo.
Por tudo isto(e o muito mais que por agora não tenho pachorra para continuar a escrever),daqui desta varanda 3º andar,solidário com os que vão manifestar-se em Lisboa,lanço o meu grito:abaixo a Nato,abaixo a Nato.Não à guerra,Sim á Paz.Portugal fora da Nato.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Legalizar as drogas é a única forma de combater o narcotráfico

Está visto e revisto que o combate ao narcotráfico movido na Europa ,EUA e noutras paragens é ineficaz,dispendioso,hipócrita e,pior que tudo,perverso.
Ineficaz porque não evita a entrada de drogas e o seu consumo.
Dispendioso porque mobiliza as forças policiais e tribunais,constantemente, distraindo-os de missões realmente importantes.As verbas gastas são incalculáveis para resultado nenhum e poderiam ser aplicadas de mil e uma formas mais úteis.
Hipócrita porque as verdadeiras razões ou são puramente moralistas ou escondem as verdadeiras razões,que não são nada recomendáveis,como seja por exemplo, a de proteger as drogas nacionais.
Perverso porque mais não faz que incentivar e proteger a corrupção e os corruptos,por um lado,e por outro deixar os consumidores completamente desprotegidos e à mercê de todo o tipo de falsificações, traficantes e chantagistas.
E como se isso já não bastasse,simples consumidores são tratados como criminosos,julgados,presos e marginalizados.São os jovens ,os filhos de todos nós,que a lei finge proteger,as maiores vítimas.
É necessário e urgente pôr fim a isto.
Nos textos anteriores terá ficado claro que as drogas mais consumidas no civilizado Ocidente,nomeadamente em Portugal,o álcool em primeiro lugar e o tabaco,são piores e fazem mais vítimas que as drogas que se combatem.
Basta de moralismo balofo e de baixo quilate.
Proibição e combate como tem sido feito,é o que os narcotraficantes e corruptos querem,é isso que lhes proporciona lucros fabulosos,é isso que lhes dá poder para corromperem as mais altas e baixas hierarquias do estado e insuspeitos cidadãos.É isso que lhes dá o poder de matar,quando alguém lhes tenta barrar sériamente o caminho ,o negócio.
Retire-se-lhes o fabuloso lucro e os narcotraficantes,uns deixarão de existir outros reconverter-se-ão em simples contrabandistas de tabacos,até encontrarem outras formas mais rendosas.
O verdadeiro combate passa pela legalização das drogas,pela regulamentação completa do seu circuito : produção,comercialização e consumo.Como desde há séculos vem acontecendo com o álcool e tabaco.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Portugal e as drogras ...

A revista médica The Lancet publicada no dia um de Novembro em Inglaterra, divulgou a avaliação efectuada pelo Comité Científico Independente sobre as Drogas no Reino Unido,da perigosidade das drogas,combinando os danos individuais e sociais de cada uma delas.
A nova classificação,numa escala de 0 a 100 ,em que 0(zero)é pouco perigoso e 100(cem) muito perigoso, é a seguinte :
--álcool-------------------72
--heroína------------------55
--cocaína------------------27
--Tabaco-------------------26
--anfetaminas--------------23
--cannabis-----------------20
--metadona-----------------13
--ecstasy e esteróides-----9
--cogumelos mágicos--------5

O psiquiatra Domingos Neto,ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa,comentou esta nova classificação nestes termos:
" O álcool é muito mais perigoso do que se imagina.É responsável por cerca de 40 doenças,além de muita violência ,conflitos e perturbação da ordem pública.Há imensas forças a favor do consumo dos jovens,um lobby fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas.A dependência do álcool continua a ser muito tolerada em Portugala".,onde para um máximo de entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados,existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de álcool. O álcool é a cocaína da Europa".

( informação e excertos colhidos no Público de 2 Nov.2010)

sábado, 6 de novembro de 2010

Cada civilização,cada país,protege as suas drogas

Vivemos em sociedades em que continua a imperar o moralismo.Governos e cidadãos equivalem-se na hipocrisia.Virtudes públicas,vícios privados.Quanto mais viciados,mais mais críticos do vício em público.
Se fôsse só em relação aos vícios própriamente ditos,ainda vá que não vá,poderia compreender-se.Mas na verdade esta postura estende-se a práticamente a toda a forma de estar em sociedade. Nos hábitos,nos costumes,na religião,na profissão,na família,na economia ,na política,em tudo.
Nas sociedades democráticas,por dependerem dos votos,até os políticos mais progressistas e presumidos revolucionários fingem concordar com o que não concordam ou calam-se,para não inquietarem os eleitores mais retrógrados,que por sinal nunca votam neles.
Em Portugal a pega de caras,isto é, pegar o touro pelos cornos,é exclusivo dos forcados,por sinal machistas e tradicionalistas até dizer chega.A pega de cernelha (contornar o assunto) é a nossa especialidade.
Onde é que esta conversa já vai!
O que eu queria dizer é tão simples quanto isto:o combate que se faz ao narco tráfico no Ocidente,nomeadamente em Portugal,visa em primeira linha proteger proteger da concorrência os produtores de álcool,a agricultura e industria vinhateira,cervejeira,licoreira e derivados ,tradicional e preponderante nas economias destes países.Já o Salazar dizia que produzir vinho era dar de comer a um milhão de portugueses.Imagine-se o bonito que seria proibir a plantação de vinhas em Portugal,Espanha,França,Itália e por aí fora.O combate ao narco tráfico só remotamente visa proteger os consumidores de drogas importadas.
Em última análise,o combate ao tráfico de droga é também uma forma de fomentar e proteger a corrupção,o enriquecimento ilícito,todo o tipo de negócios ilegais -armamento, por exemplo- protecção que chega ao extremo de lhes propiciarem refúgio seguro para o dinheiro (off-shores) e sem pagamento de impostos.
O álcool é a mais perigosa das drogas.Pior que o crack,heroína,cocaína,tabaco etc. etc..etc.. Mas o álcool é droga nossa,logo,é boa.Tão boa que até sobe ao altar !
(É sobre isso que escreverei no próximo texto.)