A Nato nasceu para travar a hipótese de expansão de revoluções socialistas na europa ocidental e eventual apoio militar da União Soviética.Esta reagiu criando com os países de leste sob a sua influência,uma organização militar idêntica,o Pacto de Varsóvia. Foi a corrida às armas ,dum lado e doutro.O mundo foi dividido em duas áreas de influência,os conflitos armados multiplicaram-se por todo o mundo,as carnificinas sucederam-se.Os povos passaram a ser meros joguetes,do jogo táctico e estratégico destes dois actores. O equilíbrio imperou à custa do terror nuclear,ainda hoje bem presente,não obstante ter amenizado,em virtude de alguns tratados de redução do arsenal nuclear.
Com o fim da União soviética e Pacto de Varsóvia seria de esperar a dissolução da Nato.
Pelo contrário,com Busch,a Nato atribuiu-se uma missão mais ofensiva e num espaço muito mais alargado.Por isso estamos envolvidos em várias guerras sem sentido e perdidas,nomeadamente no Afeganistão e Iraque.Portugal deu uma ajuda no alargamento do raio de acção e tem envolvido militares nessas guerras.
Portugal tem o complexo da pequenez ,o que o leva a armar-se em forte.Tinha que estar com os grandes e mostrar-lhes que somos bons ou melhor que eles a jogar à pancada.Tudo e sempre em nome da paz,é claro.Os políticos que nos (des)governam morrem de saudades dos tempos em que fomos por esse mundo fora com baionetas e canhões massacrar povos indefesos e mais modernamente,das guerras coloniais.Além de que ,é necessário manter ocupados centenas de generais e oficiais superiores,fartos de jogar o king,sueca ou dominó e aturar as mulheres em casa,ano após ano.Militar gosta de missões no estrangeiro para coleccionar medalhas,compôr a conta bancária e,
por que não,pôr à prova a sua virilidade com carne fresca.
É que Portugal já não é invadido militarmente há precisamente duzentos anos (desde as invasões napoleónicas) e as colónias já lá vão há 37.
A menos que o João Jardim (o tal da Madeira) num acesso de raiva anticolonialista e anticubana se resolva invadir o "continente" (nós),não se vislumbram no horizonte próximo ou longínquo quaisquer outros potenciais agressores deste rectângulo.
Por tudo isto(e o muito mais que por agora não tenho pachorra para continuar a escrever),daqui desta varanda 3º andar,solidário com os que vão manifestar-se em Lisboa,lanço o meu grito:abaixo a Nato,abaixo a Nato.Não à guerra,Sim á Paz.Portugal fora da Nato.
+ União (83): Um acórdão digno de nota
Há 4 dias
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