Poema de FERNANDO PESSOA (1889 - 1935 )
(sem título )
Não: não digas nada !
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já.
É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.
És melhor do que tu.
Não digas nada : sê !
Graça do corpo nu
Que invisível se vê.
domingo, 25 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Outro poema de MIGUEL TORGA (15 Fevereiro 1981 )
Depoimento
De seguro,
Posso apenas dizer que havia um muro
E que foi contra ele que arremeti
A vida inteira.
Não.Nunca o contornei.
Nunca tentei
Ultrapassá-lo de qualquer maneira.
A honra era lutar
Sem esperança de vencer
E lutei ferozmente noite e dia,
Apesar de saber
Que quanto mais lutava mais perdia
E mais funda sentia
A dor de me perder.
Depoimento
De seguro,
Posso apenas dizer que havia um muro
E que foi contra ele que arremeti
A vida inteira.
Não.Nunca o contornei.
Nunca tentei
Ultrapassá-lo de qualquer maneira.
A honra era lutar
Sem esperança de vencer
E lutei ferozmente noite e dia,
Apesar de saber
Que quanto mais lutava mais perdia
E mais funda sentia
A dor de me perder.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
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