quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

11.111 este número diz-lhe alguma coisa ?

Provavelmente nada.A mim também não,até há poucos minutos.Constatei que até agora deram-se ao incómodo de visitar este blogue 11.003 visitantes,o que dá uma espantosa média de 15 por dia.A esta velocidade dentro de mais ou menos uma semana a conta atingirá aquele número.
Na impossibilidade de indemnizar por qualquer forma todos os visitantes,fá-lo-ei simbolicamente,com a oferta de um livro ao visitante 11.111.
Óbviamente ,se conseguir identificá-lo.
O feliz contemplado poderá ajudar,enviando-me um mail ou comentário num dos textos publicados por esses dias,indicando o seu endereço e género de leitura preferida.
O livro sairá da minha pequena biblioteca ,isto é,já lido,usado.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

encontrar respostas a estas perguntas

1)Manuel Alegre teve 19,7% dos votos.Era apoiado pelo PS e BE.
Para onde foram os votos destes?

2)Fernando Nobre não foi apoiado por nenhum partido.Era pouco conhecido,fez uma campanha com poucos recursos,com pouca gente e com uma máquina incipiente. Mesmo assim,teve 14,1%,o dobro dos votos, 7,1% de Francisco Lopes,candidato pelo PCP,que fez uma boa e esforçada campanha.
Como se explicam estas votações?

3)José Manuel Coelho,madeirense,um desconhecido no continente,sozinho,com meia dúzia patacos,fez dois ou três pequenos passeios turísticos,quase não se mexeu,teve 4,5%
Donde vieram estes votos e porquê?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eleições ,abstenção e o Ensaio Sobre a Lucidez

A enorme abstenção - 53,3 % - nas eleições presidenciais de ontem, traz-me à memória o livro de Saramago,Ensaio Sobre a Lucidez,publicado em 2004.
Ainda não chegámos ao ponto que Saramago ficciona nesse livro quase profético,quase dramático para a democracia.Mas aproxima-mo-nos perigosamente.
O que mais me impressiona é que os políticos,especialmente os de topo e partidos políticos não dizem uma palavra sobre o assunto, não revelam qualquer preocupação,não assumem as responsabilidades próprias nesta matéria.A abstenção nesta escala é um atestado de desconfiança nos partidos e classe política, indisfarçável.Desde que se ganhe nem que seja por um voto,ou não se perca posições,para eles está tudo bem.
Cavaco Silva ganhou com grande vantagem sobre o segundo e a sua vitória não oferece contestação.Mas considerar como ele considerou que foi uma vitória histórica quando foi (re)eleito Presidente com o menor número de votos desde o 25 de Abril de 1974 e da anterior eleição para esta perdeu 500 000 votos,é no mínimo,insensato e anedótico.

domingo, 23 de janeiro de 2011

mistério

Duas vezes publiquei o texto anterior,duas vezes ele desapareceu misteriosamente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Artigo de opinião publicado no Região de Cister no dia 20 de Janeiro

Fernando Nobre é uma lufada de ar fresco


Entre os seis candidatos a Presidente da República, apenas quatro – Cavaco Silva, Manuel Alegre, Francisco Lopes e Fernando Nobre parece terem hipótese de uma votação suficientemente expressiva.
Os três primeiros por terem apoios partidários, respectivamente PSD-CDS, PS-BE e CDU (PCP-Verdes).
Fernando Nobre é entre eles o único independente, sem apoio declarado de algum partido.
No entanto, o seu prestígio pessoal é indiscutível.
Ao ponto de todos os candidatos e forças políticas reconhecerem o seu mérito e até lhe tributarem admiração, pela sua obra humanitária a nível internacional e nacional, sem desfalecimento ao longo de trinta anos, em dezenas de países, por todo mundo.
Mérito e admiração que não são de mais, porquanto a A.M.I – Assistência Médica Internacional – de que Fernando Nobre é fundador e grande impulsionador, é o exemplo perfeito do que pode um homem e uma organização fazer em benefício da humanidade.
Sem discriminação de raças, religiões, políticas, sexo, idade, nacionalidade, amigos ou inimigos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que nenhum estado cumpre e respeita integralmente, não obstante muitos deles a invocarem quando lhes convém, tem sido e é o guião, a cartilha que Fernando Nobre e a A.M.I. têm seguido escrupulosamente. Com meios reduzidos, enfrentando enormes entraves e dificuldades. Em teatros de guerra ou calamidades, Fernando Nobre e a A.M.I. são dos primeiros a chegar para acudir às vítimas , às pessoas de carne e osso como nós, que sofrem.
Em muitas situações, Fernando Nobre e a A.M.I têm feito muito mais que muitos estados, quantas vezes responsáveis por essas situações.
Fernando Nobre e a A.M.I., têm prestigiado internacionalmente Portugal, mais que qualquer governo ou Presidente da República.
Só por miopia ou mesquinhês políticas é que Fernando Nobre e a A.M.I., não foram ainda candidatados a Prémio Nobel da Paz.
Dentre os laureados com este prémio, poucos o terão merecido mais que Fernando Nobre e a A.M.I. o merecem.
Não deixa pois se ser estranho e patético que o grande argumento usado contra a sua candidatura seja, de que não tem experiência política!
Tem-na e ao nível mais profundo que é desejável para um chefe de Estado, nomeadamente de Portugal.
Um Portugal em crise económico - política, em que os mais vulneráveis – reformados, crianças, desempregados, e boa parte do povo que trabalha – estão a suportar as consequências da crise até limites que raiam a miséria, enquanto uma classe de banqueiros, agiotas, empresários encostados ao poder e protegidos da política, de forma obscena, continuam a enriquecer e a assobiar às dificuldades de quem as sofre.
O Presidente da República em Portugal, não governa.
Funciona como guardião do regular funcionamento das instituições do poder, pode vetar leis que considere injustas, pode dissolver a Assembleia da República e por conseguinte fazer cair governos e convocar novas eleições e influenciar o governo e partidos para soluções equilibradas em função do interesse nacional.
O Presidente da República pode vir de qualquer profissão, não tem que ser político, economista, jurista, engenheiro, médico, militar ou outra.
Deve ser sobretudo um homem ou mulher que conhece o povo que o elegeu, e de preferência outros povos.
Deve ser um homem justo, humanista e equilibrado, sensato e corajoso, para enfrentar todo o tipo de pressões dos partidos políticos, interesses particulares dos potentados económicos nacionais e estrangeiros, dos complexos político- militares.
Os partidos políticos, essenciais à democracia, estão cada vez mais fechados sobre si mesmos, enquistados, radicalizados, não ouvem, não evoluem, só lutam pela sua sobrevivência e pela repartição das benesses do poder entre si e apaniguados. Monopolizam a política e hostilizam quem não vem de dentro deles. Daí que a abstenção na hora do voto seja já enorme. Os desiludidos e descrentes com os políticos são cada vez em número maior, o que é perigoso para a democracia.
Urge que tenhamos um Presidente da República, apartidário, não viciado nos jogos do poder. Um Presidente de República que seja a emanação do voto popular sem intermediação dos políticos de sempre, sempre os mesmos.
Cavaco, já vem de longe atrelado e subserviente ao PSD- CDS e nem o facto de ser economista nos valeu de nada. Bem pelo contrário, colaborou com tudo aquilo que trouxe a crise. Quando fala ninguém o entende e a maior parte do tempo, distanciou-se silenciosamente, a trabalhar para ser eleito num segundo mandato.
Manuel Alegre, vem de mais longe ainda, grande resistente antifascista e poeta. Como político, andou sempre agarrado ao PS, com pequenos arrufos ocasionais.
Francisco Lopes, filho do PCP, são grandes lutadores, mas sem o mínimo de maleabilidade táctica e estratégica incapazes de forjar alianças à esquerda, isolados no seu ouriço, a sonhar que farão sózinhos a revolução socialista, amanhã.
Fernando Nobre, independente, apartidário, democrata, justo, humanista, equilibrado, sensato e corajoso é uma lufada de ar fresco, capaz de nos restituir a esperança, capaz de ser a nossa voz no mais alto patamar de poder.
É tempo de passar do descrédito e da lamúria à acção. Tão simples, quanto necessário: votar.
Quem não vota, de nada lhe vale depois queixar-se.
Tenho as minhas preferências partidárias, quando se trata de votar em partidos.
Mas, nesta eleição, não são os partidos que contam.
O meu voto é livre, sem amarras.
O meu voto vai para o Fernando Nobre:
Fernando Nobre a Presidente da República.

Felisberto Matos

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Presidenciais

Nunca vi tanto desinteresse,falta de entusiasmo e fraca qualidade no debate entre candidatos e apoiantes numa campanha eleitoral.Se a afluência às urnas for proporcional,em vez de eleições teremos o funeral da forma como se tem feito política.

Amanhã,transcreverei aqui,o texto que será publicado no Região de Cister,que é o meu pequeníssimo contributo para a campanha de Fernando Nobre.