sábado, 20 de novembro de 2010

Táctica errada


Que em Portugal as forças progressistas lutem contra a existência da Nato e que pelo menos deixemos de pertencer a esta organização militarista,não oferece dúvidas.
Dissolver a Nato é um objectivo muito ambicioso,no actual contexto político europeu e mundial.São 27 países envolvidos,sendo um deles hegemónico,os EUA,que é ainda a maior potência mundial.Provavelmente,será uma luta para muitos anos e gerações.
A luta contra a Nato ,ao longo dos anos da sua existência ,tem pecado em Portugal e por toda a Europa por inconsistente,desgarrada,mais ou menos folclórica,desinformada, sem adesão de massas,logo,inconsequente.
Em cada país os que lutam contra a existência da Nato,devem definir objectivos intermédios que,inevitavelmente,serão diferentes entre si.
Em Portugal não faz grande sentido lutar contra a Nato e não lutarmos em primeira linha,em primeira etapa,pela extinção das nossas forças armadas.Este sim,um objectivo que depende exclusivamente da vontade do povo português,perfeitamente alcançável a médio prazo.
Para isso é absolutamente indispensável que as forças políticas progressistas, partidos e movimentos cívicos,percam o medo,digo bem, medo,de falar e discutir esta questão com o povo,abertamente,em todas as oportunidades e instâncias,nomeadamente na Assembleia da República e nas campanhas eleitorais.
Vão ter brevemente ,por altura da revisão constitucional,a possibilidade de propor a extinção das forças armadas e dar início a essa luta,duma forma séria,que não se fique por meia dúzia de linhas envergonhadas,nos programas dos partidos e que nunca vêm à liça nas campanhas eleitorais.Por que não propõem um referendo?
Seria muito bom,por educativo e elucidativo,estudar e divulgar amplamente,o exemplo dum pequeno país, a Costa Rica.Desde 1949,a sua Constituição proibiu a existência de forças armadas.A partir daí, tem sido um oásis de paz,numa das zonas mais violentas e conturbadas do mundo. Acham pouco?














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