quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

6- A esquerda e o orçamento

No seguimento da postagem anterior,tenho lido jornais e seguido notíçias e entrevistas televisivas para ver se capto as razões que levam o PCP e O BE a aliar-se ao PSD e CDS para votarem uma alteração à lei das finanças regionais(Madeira e Açores) favoráveis às pretensões do boss da Madeira.
Será que ele tem razão quando nos apelida(apenas um dos muitos mimos) de colonialistas ?
Será que nós os continentais estamos a explorar os madeirenses?
Não me parece,antes pelo contrário. Com a ajuda dos continentais,hoje os madeirenses têm um nível médio de rendimento superior a muitas regiões do continente.
A insularidade já foi.
Que o déspota da Madeira aplique as finanças públicas como bem lhe apetece ,se borrife para as leis portuguesas e ainda nos insulte cada vez que abre a bocarra, parece normal para PSD ,que à custa dos ditos desmandos tem na Madeira uma coutada de votos,que lhe vão faltando no continente.
Continuo é a não perceber( falta de intiligência minha) como é que o PCP e o BE estão a reboque do tal Jardim!
Será que também estão reféns dos votos da Madeira,por sinal tão poucos?
Será que estão à espera da revolução para daqui a pouco e por isso quanto pior melhor?
Será que preferem (como aconteceu em muitas autarquias) entregar o poder ao PSD ,que entender-se entre si ,esquerda?
Será que só o PS faz política de direita?

4 comentários:

Rogério Manuel Madeira Raimundo disse...

Já te sugeri que para além do que pensas tens de ler, ouvir as posições de quem criticas...
www.pcp.pt
é onde está a resposta...
O PCP distingue o Povo da madeira do Jardim...
Eu aqui em Alcobaça aprovo, como vereador, empréstimos para que os fornecedores e instituições recebam o que merecem, mesmo tendo votado contra más práticas e deliberações de Sapinho e inácio...
abRRaço

Felisberto Matos disse...

Rogério:
Mais uma vez passas ao lado.Pagar aos fornecedores e a tempo e horas è indiscutível.Alterar a lei para premiar quem ostensiva e repetidamente a viola é um incentivo a que as más práticas continuem.Para além disso é penalizar os que a cumprem.

Rogério Manuel Madeira Raimundo disse...

como não vais ler o avante, nem o site www.pcp.pt...
tenho que te trazer a informação...

"Lei das Finanças Regionais
Repor alguma justiça


Os partidos da oposição aprovaram sexta-feira, com os votos contra do PS, as alterações à lei das finanças regionais. O diploma recolheu em votação final global 127 votos favoráveis (PCP, PEV, BE, CDS/PP, PSD e deputado do PS Luís Miguel França, eleito pela Madeira), contra 87 da bancada apoiante do Governo.

A anteceder a votação final, os deputados votaram a proposta de alteração à lei das finanças regionais aprovada pela Assembleia Legislativa da Madeira, vindo depois a confirmar, na especialidade, as votações indiciárias obtidas na véspera em sede de comissão de Orçamento e Finanças. Em ambas as votações manteve-se o sentido de voto por parte de todas as bancadas.
Para trás fica um processo legislativo marcado pela atitude trapaçeira de um Governo que não se coibiu de mentir, de recorrer à ameaça e à chantagem para fazer valer os seus obscuros objectivos. Tudo serviu de pretexto, apostando forte na dramatização.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, convocou mesmo uma conferência de imprensa faz hoje uma semana, à noite, no dia em que a matéria foi alvo de debate na comissão parlamentar, para apelar a que a alteração proposta pelos partidos da oposição à Lei das Finanças Regionais não fosse aprovada e não entrasse em vigor. E ameaçou que não deixará de recorrer «a todos os instrumentos legais e políticos» para evitar que a alteração da lei produza efeitos.
Também o ministro dos Assuntos Parlamentares se desdobrou em declarações, dentro e fora da Assembleia da República, anunciando aos quatro ventos ser intenção do Governo fazer «tudo» o que esteja ao seu alcance, «em termos legais e políticos, para controlar a despesa».

Artifícios

Ora a verdade é que toda esta encenação, em rigor, não passou de tempestade num copo de água, visando cumprir outros propósitos.
«Toda esta dramatização que o Governo fez em torno da lei é puramente artificial e não tem qualquer fundamento na realidade», denunciou, faz hoje oito dias, o deputado comunista António Filipe, reagindo às palavras do ministro das Finanças proferidas na referida conferência de imprensa.
É que, esclareceu, «não estamos perante os mil milhões de que falou o ministro Silva Pereira, não estamos perante os 800 milhões de que falava o deputado Vítor Baptista e não estamos perante os 400 milhões de que ainda há poucas horas o PS falava». Com efeito, conforme explicou António Filipe, o endividamento proposto situa-se na ordem dos 50 milhões de euros, valor que «é inferior aos que têm sido praticados nos últimos anos com a anuência do Governo», sendo que as transferências previstas representam qualquer coisa como «três centésimas no défice».
O que levou o deputado do PCP a concluir que o «PS andou a mentir durante todos estes dias acerca da lei das finanças regionais».
Não deixou de ser notório, de resto, que o PS tenha deliberadamente optado por se excluir do diálogo com os partidos da oposição que trabalharam e tudo fizeram para encontrar pontos de convergência que garantissem a elaboração de uma lei das finanças regionais minimamente justa, corrigindo injustiças introduzidas em 2007.
E se é certo que algumas das injustiças foram limitadas com as disposições agora aprovadas, importa igualmente dizer, como salientou António Filipe no final da reunião da comissão de Orçamento e Finanças, que as regiões autónomas continuam mesmo assim «numa situação mais desfavorável do que aquelas que existiram entre 1998 e 2007, enquanto vigorava a anterior lei das finanças regionais»."~
aquel'abRRaço

Felisberto Matos disse...

Rogério:
Vi e ouvi o deutado António Filipe do PCP e outros de todos os partidos justificar o voto das suas bancadas.Li também com toda a atenção o teu comentário anterior.Fiquei na mesma,isto é sem perceber porque é que o PCP e BE apoiam o Jardim.Aliás,penso que já percebi há muito tempo,como afirmei no primeiro comentário.
Um abraço