sábado, 6 de fevereiro de 2010

Justiça (6) Casa nova - hábitos velhos

um sábado bem passado !

Fomos avisados :a arguida vai ser ouvida em primeiro interrogatório judicial, dia 30 de Janeiro (sábado) ás 10 horas,no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. Nos novos edifícios da Expo,o novíssimo Campus da Justiça.
A arguida, que se encontrava sob custódia há cerca de três meses , numa casa abrigo e proteção de menores,foi llevada pela polícia e o advogado compareceu pelos seus próprios meios.
Entretanto ,mais 18 arguidos apanhados numa rusga policial, na noite anterior ,no cais do Sodré,foram apresentados para também serem ouvidos.
Um só juiz e um só procurador do M.P. para tantos arguidos,não é pera doce,convenhamos.
O facto é que a arguida,de 21 anos,grávida de sete meses e meio,só veio a ser ouvida em último lugar,pouco faltava para as 23 horas.Em menos de meia hora, foi ouvida e mandada em liberdade.
O resto do tempo,durante treze horas,ninguém se dignou informar a arguida e o seu advogado,ou pelo menos este,já que a arguida não poderia ausentar-se,de que poderia ir dar uma volta ,tratar da sua vida,dar um mergulho no Tejo ou ir a Londres e voltar,e que mais longe não fosse, aparecesse de novo lá pró fim da tarde ou princípio da noite,que até lá não estaria ali a fazer nada.
Nada, foi o que fez o dito cujo,que passou 13 horas ddo dito sábado a olhar para as vidraças opacas dos edificios onde a Justiça continua -hábito antigo- de olhos vendados e esquecida do rrespeito e urbanidade que deve aos cidadãos.

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