sexta-feira, 18 de maio de 2012

Terça-feira, 15 de Maio de 2012
por Daniel Oliveira


Portugal afunda-se, a Europa divide-se e a Esquerda assiste, atónita.
As raízes desta crise estão no desprezo do que é público, no desperdício de recursos, no desfazer do contrato social, na desregulação dos mercados, na desorientação dos governos, na desunião europeia e na degradação da democracia.
Em Portugal e na Europa, a direita domina os governos, as instituições e boa parte do debate público. A direita concerta-se com facilidade, tem uma agenda ideológica e um programa para aplicar. A direita proclama que o estado social morreu e que os direitos, a que chamam adquiridos, são para abater.
Em Portugal e na Europa, a esquerda está dividida entre a moleza e a inconsequência. Esta esquerda, às vezes tão inflexível entre si, acaba por deixar aberto o caminho à ofensiva reacionária em que agora vivemos, e à qual resistimos como podemos. Resistir, contudo, não basta.

É necessário reconstruir uma República Portuguesa digna da palavra República e construir uma União Europeia digna da palavra União.
É preciso propor aos portugueses, como aos outros europeus, um horizonte mais humano de desenvolvimento, um novo caminho para a economia e um novo pacto de justiça social.
É possível fazê-lo. Uma esquerda corajosa deve apresentar alternativas concretas e decisivas para romper com a austeridade e sair da crise, debatidas de forma aberta e em plataformas inovadoras.

A democracia pode vencer a crise. Mas a democracia precisa de nós.
Apelamos a todos aqueles e aquelas que se cansaram de esperar – que não esperem mais.

É a nós todos que cabe construir:

UMA ESQUERDA MAIS LIVRE, com práticas democráticas efetivas, sem dogmas nem cedências sistemáticas à direita, liberta das suas rivalidades, do sectarismo e do feudalismo político que a paralisa. Uma esquerda de cidadãos dispostos a trabalhar em conjunto para que o país recupere a esperança de viver numa sociedade próspera e solidária.
UM PORTUGAL MAIS IGUAL, socialmente mais justo, que respeite o direito ao trabalho condigno e combata as injustiças e desigualdades que o tornam insustentável. Um país decidido a superar a crise com uma estratégia de desenvolvimento económico e social, com uma economia que respeite as pessoas e o ambiente, numa democracia mais representativa e mais participada, com um Estado liberto dos interesses particulares que o parasitam.
UMA EUROPA MAIS FRATERNA, à altura dos ideais que a fundaram, transformada pelos seus cidadãos numa verdadeira democracia. Uma Europa apoiada na solidariedade e na coesão dos países que a formam. Uma Europa que ambicione um alto nível de desenvolvimento económico, social e ambiental. Uma União que faça do pleno emprego um objetivo central da sua política económica, que dê um presente digno aos seus cidadãos e um futuro promissor às suas gerações jovens.

Assinam este manifesto, entre muitos outros: Alexandra Lucas Coelho (jornalista), Alfredo Barroso (ensaísta, comentador), Ana Benavente (professora universitária), Ana Gomes (diplomata, eurodeputada), André Barata (professor universitário), António Mega Ferreira (escritor), Carlos Nô (artista plástico), Daniel Oliveira (jornalista), Fernando Vendrell (realizador), Francisco Belard (jornalista), Hélder Costa (dramaturgo e encenador), Ivan Nunes (doutorando em estudos de cinema), Jorge Bateira (economista), José Reis (economista), José Vítor Malheiros (consultor), Manuel Frias Martins (professor universitário), Mário de Carvalho (escritor), Miguel Real (escritor, ensaísta), Miguel Vale de Almeida (antropólogo, professor universitário), Nuno Artur Silva (autor, produtor), Olga Pombo (professora universitária), Paula Gil (precária), Raquel Freire (cineasta), Rui Cardoso Martins (escritor), Rui Tavares (historiador, eurodeputado) e Rui Zink (escritor).

Para assinar o Manifesto vá aqui.

por Daniel Oliveira
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73 comentários:
JgMenos
Uma esquerda a viver em capitalismo tem antes de mais que respeitar os pressupostos da sua eficiência como sistema económico.
Uma esquerda a viver em capitalismo e a tratar o sistema de produção capitalista como de fosse (ou deve-se transformar-se em) algo que nega os seus fundamentos, é uma esquerda entre o idiota e o inconsequente; ou pior, destroi-lhe as virtualidades e tem coisa alguma como alternativa.

deixado a 15/5/12 às 13:07
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M.D.

Caro, onde posso assinar? Crie um manifesto e serei a primeira!

deixado a 15/5/12 às 22:10
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Augusto
Cartas na mesa Daniel Oliveira


O que pretendem com este manifesto?


Criar mais um partido politico tipo Dimar grego?


Ou é mais um manifesto , para juntar aos outros , sem nenhum resultado.

deixado a 15/5/12 às 13:11
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Sou militante de um partido (como outros subscritores, aliás). Se este manifesto fosse o anúncio de um novo partido ou eu não o assinava ou teria, antes de o fazer, de me demitir do partido onde estou e espero continuar a estar.


João Cerqueira
Se se substituir este manifesto pelo manifesto Anti-Dantas o resultado será o mesmo.
Morra o capitalismo, pum, pim.

deixado a 15/5/12 às 18:16
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Antónimo
Mas isto é uma convergência entre a direita do BE que defende reuniões com a tróica e a esquerda moderada do PS, um ente que não hesita em aprovar o código do trabalho e as medidas da tróica e que defende que o federalismo é a salvação em vez de defender outra união?

É assim como a versão portuguesa da Esquerda Democrática grega em versão manifesto suave "mudar algo para que tudo fique na mesma".

deixado a 15/5/12 às 18:25
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A.R.A
DANIEL OLIVEIRA

Antes de assinar, gostaria de lhe perguntar se acredita mesmo que é possivel uma Esquerda mais Livre «liberta das suas rivalidades, do sectarismo e do feudalismo político que a paralisa»?

Eu, comunista convicto, sempre acreditei mas será que o D.O, social-democrata acerrimo, acredita mesmo?

Aguardo

Aquele Abraço
A.R.A

deixado a 15/5/12 às 21:09
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DO,

Já assinei mas cheira-me...que é mais um manifesto para ficar bem na fotografia.

Um exemplo: Se Ana Benavente ainda se tolera, Ana Gomes devia ter ficado pelo seu papel em Timor.

Ana Gomes, alimentou e alimentou-se do estado em que as coisas chegaram.

Abraços 


Maria

Concordo a cem por cento consigo. Também assinei mas...
E este mas que é desesperante! Não acredito nos amanhãs que cantam, mas caramba! Tudo um pouco mais justo!

Maria

deixado a 16/5/12 às 11:57
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Marco

Qual Di.mar... isto é o clássico posicionamento dos socialistas portugueses: sol na eira e chuva no nabal.

Aproveita-se o pousio da "alternância democrática" para uns "debates ideológicos". Mal surja outro menino de ouro, para implantar o programa da "esquerda democrática", os críticos recebem novamente e de forma automática, títulos como bota-abaixistas, atávicos ou irresponsáveis.

Um partido que o mais próximo que produziu de um dissidente anti-liberal foi o Alegre...


fernando f
A.R.A.
Está lá preto no branco, "a esquerda tão inflexível entre si". Claro pode sempre considerar que a social-democracia não é esquerda. 


A.R.A
FERNANDO F

O Fernando deve ter chegado a pouco tempo aqui ao blog e só por isso é que lhe "perdoo" a frase obtusa que partilhou.

Contudo, creio que falamos da social-democracia nordica não é?

A.R.A


fernando f
Pois, continuamos na flexibilidade ou falta dela, social-democracia é social-democracia. O facto de haver para aí um bando de ultraliberais a cavalo nela, não é culpa desta. Mas sim foram os nórdicos que melhor a utilizaram. Passe bem.

deixado a 16/5/12 às 23:18
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Carlos Marques
O Nuno Artur Silva podia lançar um manifesto de fraternidade com os pobres que ficaram sem televisão... Além de que a TDT em Portugal só tem 4 canais enquanto em Espanha, aqui ao lado, tem muitos mais...


E o António Mega Ferreira, entre outros (Alfredo Barroso, Ana Gomes, etc.), onde é que estava enquanto o país se afundava na dívida pública nos gloriosos anos de 2008 / 2009?

deixado a 15/5/12 às 13:24
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Kid Karocho
"Em Portugal e na Europa, a direita domina os governos, as instituições e boa parte do debate público. A direita concerta-se com facilidade, tem uma agenda ideológica e um programa para aplicar."

Desculpa Daniel mas está incorrecto:

"Em Portugal e na Europa, a direita domina os governos, as instituições e boa parte do debate público"...
Porque controla os media tradicionais (TVs, jornais, rádios). - acrescento eu!

Enquanto a esquerda se negar a encarar esta realidade e não concentrar a sua energia na deslegitimação aos olhos dos povos destes canais de propaganda, não vai a lado nenhum.

Sem esse combate os outros não serão possíveis.

deixado a 15/5/12 às 13:34
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Clint Eastwood
Exactamente!

deixado a 15/5/12 às 19:22
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Rui F
sim sim  Karocho

Deixam-se esses meios de comunicação aos outros ja que a esquerda não consegue lá chegar, e a malta vai colar cartazes e propaganda, ou pintar paredes pra rua.

Chamaste-me parvo.
Agora é minha vez de te chamar burro.


Kid Karocho
Sabes, Rui, entretanto inventaram uma coisa chamada "internet". E ao contrário da Europa, nos EUA a esquerda consegue fazer frente à direita nesse terreno.

Só um exemplo:
http://www.youtube.com/user/TheYoungTurks (http://www.youtube.com/user/TheYoungTurks)


Rui F
Esquerda nos Estados unidos?
Existe?

Pensava que eram só perigosos fascistas democratas...


Kid Karocho
Existe, meu caro, não confunda as ideias do Joe Lieberman com as da base do partido democrata.


Aliás, a base do partido democrata está bastante mais à esquerda do Obama (ao contrário do que pensavam quando votaram nele em 2008).


Por isso está a ser agora tão difícil para o Obama mobilizar essa mesma base (ao contrário do que aconteceu em 2008).

deixado a 16/5/12 às 12:25
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Kid Karocho
Quanto ao "parvo", o teu post estava mesmo a pedi-las.
No hardfeelings!


Rui F
no arde filings mas o teu comentário andava mais ou menos na qualidade do meu

deixado a 16/5/12 às 14:33
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ana cristina

liberdade igualdade fraternidade são sempre bons principios indiscutiveis. mas mesmo assim, e apesar de ser de esquerda, não me revejo neste manifesto:
      
"a esquerda assiste"?

como assim? não esteve no governo durante anos?
apresentar a esquerda como passiva e a levar inocente e molemente pancada da ofensiva da direita não me parece ser um quadro que corresponda à nossa história dos últimos anos. ou estamos só a falar dos últimos meses? fica como que uma sensação de apagão do passado.

"a direita concerta-se com facilidade. tem uma agenda ideológica."

como assim? o saco de gatos e a oscilação ideológica que caracterizam o psd desapareceram?

a clivagem esquerda/direita parece-me caricatural, falseada e não ajuda a vencer a crise com justiça social: mais facilmente eu cooperaria com um politico de direita genuinamente dedicado ao bem comum do que com uma cobra politica socialista (digamos tipo jorge coelho para não falar do parisiense).

é preciso clareza e honestidade intelectual para se construir alguma coisa que se veja e realmente aglutinadora.

deixado a 15/5/12 às 13:57
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Kid Karocho
"e apesar de ser de esquerda"


Deves ser, deves... e eu sou o Pai Natal!


"um politico de direita genuinamente dedicado ao bem comum"

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!


Que comediante!


deixa-me lá repetir:
"um politico de direita genuinamente dedicado ao bem comum"


Minha cara, aprenda um bocadinho de História.
Desde o advento do Thatcher/Reaganismo, há 
30 anos que isso não existe. Extinguiram-se.
A governação de direita tornou-se exclusivamente no governo dos ricos, para os ricos e pelos ricos.



ana cristina

já é tempo de sair da cartilha.


Kid Karocho
Já é tempo de acordares para a realidade

deixado a 16/5/12 às 09:23
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Clint Eastwood
Esta "senhora" é tão de esquerda como eu sou salazarista!!!


DSC
tiques não lhe faltam...

deixado a 16/5/12 às 09:52
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Antónimo
Digo o que já disse noutro lugar. Parece o lavrado por de uma dissidência do Movimento Esperança Portugal, um manifesto fofinho.

Mas há pior, vem assinado por gente que tinha idade e percurso para não ser lírica nem alienada. Meia dúzia de estrelas do establishment artístico-mediático e dissidentes - mas não muito - do PS.  Não há nada aí onde alguém medianamente bem-formado não se reveja. Mas e então? Que se vai fazer com este manifesto?

deixado a 15/5/12 às 14:17
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Rui F
Esta Esquerda se quiser convencer - ou convercer-nos que não será mais do mesmo - tem que demonstrar inequivocamente que modelo económico preconiza.

Por exemplo, olhamos para os subscritores e encontramos Anti Capitalistas, Capitalistas moderados, Capitalistas enganados, Capitalistas assim assim.

E por mais que me digam que sou sectário, conservador, etc, é aqui, no modelo económico que as coisas se decidem, esclarecem, tomam rumo e ganham raízes.

deixado a 15/5/12 às 14:39
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Kid Karocho
"E por mais que me digam que sou sectário, conservador"


Não, não és nem sectário, nem conservador.
És mesmo parvo...


Rui F
Karocho

Bem podes apreogoar palavras bonitas, ideologia nas nuvens e na utupia no papel, e etc.
O povo não se importa. Desde que tenha trabalho, um ordenado razoavel e justo para consumir aquilo que mais gosta e lhe dá prazer. E para ter isso, o povo precisa de economia.
Quem não quer ver isto, não precisava de assinar manifestos de esquerda, direita, ou do centro. São apostas perdidas.

deixado a 16/5/12 às 08:45
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Pão Metálico
Eu não disse Rui?

Parece que o marcaram.
Junte-se ao outro Avô (Carlos) e a mim e deixemos estes patós (não me estou a referir aos responsáveis do Arrastão) a falarem sózinhos.

Vocês os dois de esquerda devem dar um debate do caraças à mesa de um café. Já sabem que eu me sentarei à direita. Mas, se o café for bom, a conversa melhor, livre destes helicópteros, que mais podemos querer?


Rui F
Pão

Há até quem não me responda porque acha e muito bem, que a minha opinião vale o que vale.

O que eu não tenho são ilusões estéreis, futeis e inuteis na minha cabeça e essa fase, há muitos anos que fiz "bypass"  a ela.

deixado a 16/5/12 às 08:49
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Alexandre Carvalho da Silveira
Este manifesto/panfleto, é um repositorio de boas intensões, mas como é costume, não diz nada de novo.
Não percebo bem o que quer dizer com "uma esquerda mais livre", mas suspeito que não é nada de bom, e até pode ser confundido com as "amplas liberdades" de que passàmos tanto tempo a ouvir falar.
Depois fala de um "Portugal mais igual", fala de " uma estrategia de desenvolvimento economico e social", mas como é costume não explica o que é que isso significa. Já concordo com "um Estado liberto dos interesses particulares que o parasitam" mas há apoiantes do manifesto como o Prof José Reis, que os defendem com unhas e dentes (programa de obras publicas/Mota-Engil, o maior de todos os parasitas).
Resta-nos uma Europa mais fraterna. E aqui convinha fazer uma certa contabilidade: então os ilustres manifestantes da esquerda acham que uma Europa que em 26 anos nos deu, dados não emprestados, mais de 70 mil milhões de euros é pouco fraterna?
É a esquerda do costume, dos manifestos e dos direitos sociais por decreto, e que não interessa com que dinheiro são pagos. É a esquerda que temos, e que como sabemos se torna cada vez mais irrelevante para os portugueses.
PS. Daniel Oliveira, os dados estão lançados, a Grecia vai de novo a eleições, e se não houver nenhuma surpresa, vamos ter a Syrisa a ganhá-las. Como venho dizendo há uns dias, um governo revolucionario na Grecia, é uma situação que nos deixa a todos na expectativa. Aguardamos o acto de fé em frente da Acropole, que vai ser rasgar e queimar os acordos com a troika. 

deixado a 15/5/12 às 14:59
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CP
aguarda? só? caminhos para o futuro? eu concordo com oque diz... mas, e depois? como é que se avança?

deixado a 15/5/12 às 15:47
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CPin
Porquê Esquerda Livre e não apenas Esquerda? ou seja "Manifesto para uma Esquerda" ?

deixado a 15/5/12 às 15:43
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1 comentário:

jnraimundo disse...

http://p3.publico.pt/actualidade/politica/3674/esquerda-livre-sem-filtro