quinta-feira, 29 de julho de 2010

O processo Freeport continua ... a queimar

Quando se utiliza a Justiça para fins que nada têm a ver com justiça,o resultado mais provável é o descrédito da Justiça.
Em Portugal, desacreditar a Justiça é trabalho suplementar,desnecessário. Há muitos anos que ela não cuida da sua imagem,há muito tempo, demasiado tempo que não é credível.Por culpas próprias é certo, mas tb. e principalmente por culpas de quem legisla : assembleia da república e governos.
Não há boas desculpas para que a Justiça não funcione bem.
O que não quer dizer,que possa ser infalível e tão rápida quanto desejável.
Mas entre o que temos e o que é possível,vai uma enorme distância.
Tem faltado vontade política e pragmatismo.
O caso Freeport começou com uma tramóia política ,continuou como tal e quando se pensava que teria fim à vista,está apenas a recomeçar.Os alvos a abater é que aumentaram.O Procurador Geral da República e a cúpula do ministério público estão agora na linha de fogo.Sócrates e o partido socialista,pelo menos aparentemente,já estão arrumados.Ao procurador Lopes da Mota,presidente da Eurojust,calçaram-lhe uns patins.
Um pouco mais e os conspiradores ficarão com o controle total da investigação criminal.
Estranhamente,o sindicato dos Magistrados do Ministério Público tem alimentado a confusão.

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