Mario Vargas Lhosa ,peruano,é o Nobel de Literatura 2010.
Já foi candidato a Presidente da república do Peru.Em política reclama-se de conservador,ao centro.Grande admirador de Lula da Silva,Presidente do Brasil,não disfarça o seu ódio aos irmãos Castro de Cuba ,a Hugo Chavez da Venezuela e Ahmadinejad do Irão.
Este homem culto,polémico e frontal conhece bem a América Latina,os E.U.A. onde actualmente reside e grande parte do mundo.
O Nobel colocou-o " No centro do mundo ",título do artigo-reportagem em Porto Alegre,Brasil, da jornalista Alexandra Lucas Coelho,no P2 do Público ,do dia 16 de Outubro 2010.Vale a pena ler,como tudo o que ela tem vindo a escrever.
O que verdadeiramente me chamou a atenção,por inesperada,vinda deste prémio Nobel,foi a sua afirmação desassombrada quanto à forma de combater o narcotráfico:legalização das drogas.
Que me lembre,até hoje,ninguém que esteja ou tenha estado " no centro do mundo " o disse de forma tão radical e com tanta clareza.Se outro mérito não tivesse,só por esta afirmação já terá valido a pena ser-lhe atribuido o Nobel.
Transcrevo,com a devida vénia, do texto da Alexandra esta pequena passagem:
" O mundo descobriu que o narco era um estado dentro do estado,que pode lutar de igual para igual,e isso encheu o México de sangue",resume Vargas Lhosa. " E é uma luta que se pode estender à América Latina.Estou a favor da legalização das drogas.Creio que é a única forma de acabar com a delinquência.É a única que ainda não se utilizou.A repressão não contribuiu para diminuir o tráfico nem o consumo,pelo contrário.Investem-se somas cada vez mais astronómicas e consumo e tráfico continuam a aumentar.Há que investir na propaganda sobre os danos causados pela droga e na recuperação de toxicodependentes.E terá de haver um acordo entre países produtores e consumidores para a legalização das drogas.O narcotráfico é um risco que pode correr toda a América Latina e pôr em causa a democracia".
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